Tuesday, December 18, 2012
Um Curupira em Mystic Falls : A história de amor do Curupira
Um Curupira em Mystic Falls : A história de amor do Curupira: Leia a história de amor do Curupira e veja como ele deixou de ser um duente protetor da mata para ser Rico, um lindo e perfeito sedutor lend...
Um Curupira em Mystic Falls : Vampiros e Animistas
Um Curupira em Mystic Falls : Vampiros e Animistas: -Viu isso? – Caroline estava muito apreensiva. – Eles sabem que somos vampiros e não se incomodam. Stephan apenas balançou a cabeça e o...
Na casa das bruxas
Joshua e os demais arrumaram uma pequena pensão para se
hospedarem. Dentro de um dos quartos eles traçaram um mapa com as informações
que tinham.
-Clara conseguiu me dizer apenas que estava nessa cidade. Eles
devem estar mantendo-a dopada.
-Ou em algum lugar onde seus pensamentos não alcançam.
-Meus pensamentos podem alcançar os dela em qualquer lugar do
mundo Lince.
-Está errado. Você não pode senti-la quando ela está dentro do
Vale por causa do poder animista predominante lá. Pode haver algum lugar aqui
nessa cidade com algum tipo de poder que bloqueie ou que a proteja de qualquer
comunicação. Ela está com o Carl e ele sabe que vocês podem se falar por
pensamento.
Os meninos concordaram com Joshua. Cheh pensou um pouco e depois
falou.
-Verdade. Não acham estranho que ele a tenha trazido para uma
cidade com um número muito alto de vampiros por metro quadrado? Porque será?
Isso tem que ter relação com alguma coisa.
Rico pensou. Não sabia muito sobre o estilo de vida dos vampiros
mas achou que o falcão tinha razão. Finn
comentou também.
-Concordo. Aqui deve haver alguma coisa além dos vampiros. Algum
lugar ou alguém do interesse de Carl. Ele está louco com a possibilidade de
criar essa nova estirpe de mitos-animistas.
-Seja como for não é por aqui. Vamos rastrear os arredores.
Locações, igrejas, tumbas, santuários. Alguma coisa que possa estar servindo de
esconderijo para ele.
Damon e os outros saíram do Grill e ficaram de vigia pela cidade
até que viram os garotos animistas e o rapaz que eles chamavam de Rico
caminhando pra entrada da floresta.
-Vamos manter distância e descrição. Eles não se incomodam com a
nossa presença então podemos observar de longe.
Stephan segurou o irmão pelo braço e encarou-o com firmeza.
-Não vá fazer nenhuma idiotice por favor. Vamos apenas observar.
-Ai Stephan, Stephan, você e seus “escrúpulos nada vampirísticos”.
Damon tirou o braço da mão do irmão com um safanão e sumiu atrás
dos garotos. Todos os outros na sua cola.
Pararam na entrada da floresta e viram os meninos transformarem
seus corpos humanos em corpos animistas. Ficaram impressionados ao vê-los.
Mantinham algumas características humanas mas com predominância animal. O
menino-falcão tinha a pele recoberta por penas e no rosto se via claramente a
mudança nos olhos, no nariz que era agora um bico encurvado.
O garoto-crocodilo tinha mudanças mais evidentes na pele e na
mandíbula além da cauda que descia grossa até tocar o chão. O menino chamado
Joshua era claramente um lince-do-canadá com toda a aparência felina desse
animal.
-Por isso o tal do Rico chama o grandalhão de Lince, agora
entendo.
Caroline e Elena estava muito impressionadas com a espécie à sua
frente. O único que manteve a aparência era o homem-de-fogo. Vestia camiseta
preta, calça jeans e tênis. Os cabelos estavam amarrados. Ele se abaixou e uma
das bolinhas em chamas, vindas não se sabe de onde rolou até ele.
O rapaz a segurou prestando atenção à alguma coisa que os vampiros
não podiam saber o que era. Depois comentou com os demais.
-Carl esteve em uma casa abandonada próxima daqui. Venham comigo.
Rico tirou a camiseta e amarrou no cós da calça. Virou um rastro
de fogo por entre as árvores e os garotos animistas voaram atrás dele. Damon,
Stephan, Tayler, Elena e Caroline movimentaram-se tão rápido quanto um piscar
de olhos pode ser e todos chegaram juntos na antiga casa das bruxas onde
Stephan uma vez escondeu os cinco caixões da família de Klaus.
Os vampiros se entreolharam e mantiveram distância. Rico estava a
frente dos meninos e abriu a porta da frente atirando uma bola de fogo. Ele
entrou na casa seguido dos animistas. Damon comentou indignado.
-Malditas bruxas, eles podem entrar sem nenhum problema não é?
O vampiro lembrou-se das vezes que entrou e foi atormentado pelas
bruxas que não gostavam dele e o fazia sair correndo de lá, mas antes que
pudesse completar sua reclamação, o ruivo cabeludo foi atirado pra fora.
Damon riu alto e Rico olhou para os vampiros parados próximos
dele.
-Elas são vingativas meu caro. Não vão deixar você entrar.
Os olhos acesos encararam o vampiro gozador. Rico se levantou e
perguntou olhando para Damon com fúria no rosto.
-Quem são elas? Do que está falando?
-Das bruxas. Essa casa é delas e só entra quem elas querem que
entrem.
-Malditas.
-Nisso eu concordo com você.
-Porque eles não foram jogados então?
-Devem ser bons garotos e você não.
O Curupira não disse mais nada, rodeou a casa enquanto os
animistas faziam uma busca no local. Rico andava de um lado para o outro
impaciente. Stephan resolveu tentar se aproximar.
-Talvez possamos ajudá-lo se nos disser o que procura.
O mito olhou para ele desconfiado. Vampiros não eram confiáveis e
esses não tinham razão alguma para ajudá-lo. Estava raciocinando sobre a oferta
quando ouviu um rugir vindo da casa. Todos eles correram e Joshua veio de
dentro rolando emaranhado com alguém.
Elena e Caroline entraram na casa. O falcão e o garoto-crocodilo
travavam luta contra dois vampiros sedentos para chegarem ao pescoço dos
rapazes. As meninas eram ágeis e fortes o suficiente e de repente eram quatro
contra os dois vampiros desconhecidos.
Caroline pegou o primeiro vampiro pelo pescoço e o jogou para o
lado de fora da casa. Stephan foi rápido ao pegá-lo e enfiou um galho na
barriga dele para paralisá-lo sem que ele morresse.
Elena fez o mesmo com o segundo que foi pego pelo pescoço por
Damon que adotou a mesma tática do irmão.
Joshua estava em pé e encarava o terceiro vampiro que olhou a sua
volta analisando as possibilidades. Antes que conseguisse pensar em correr, um
círculo de fogo subiu sobre ele.
Os vampiros arregalaram os olhos ao ver o outro vampiro queimar
diante deles. Afastaram-se cautelosos quando o Curupira aproximou-se do que
tinha sido pego pelo Stephan e colocou a mão sobre o galho que o prendia pela
barriga.
O rapaz preso gemeu em protesto e ouviu um dos animistas falar.
-Rico, se queimá-lo não vamos conseguir as informações que
precisamos.
Stephan, Damon, Tayler e as meninas apenas observavam receosos.
O Curupira abaixou-se para olhar melhor o vampiro assustado que
tremia diante dele.
-A menina que vocês escondem é minha e eu vim buscá-la. Onde ela
está?
-Eu não sei.
-Não mesmo?
Rico pegou seu rabo de cavalo, retorceu-o entre os dedos que
flamejaram . Ele começou a movimentar os dedos como se espremesse algo na palma
das mãos e então gotas de lava começaram a pingar queimando o peito do vampiro
deitado.
Damon tinha os olhos arregalados em surpresa assim como os outros.
Joshua interveio na situação quando o rapaz-sugador-de-sangue gritou em
misericórdia.
-Pelo amor de Deus, isso é tortura. Ele vai falar, para com isso.
O Curupira não ouvia os apelos do lince, tamanha sua fúria. A lava
descia sem piedade fazendo um buraco no peito do vampiro.
Rico gritou impaciente.
-Onde ela está?
-Não sei. Eu juro. Eu juro.
O outro vampiro estacado, temendo ter que enfrentar a fúria da
estranha criatura de fogo falou por entre os dentes.
-Ele está falando a verdade. Não sabemos onde ela está, mas
sabemos sobre o Carl.
A informação chamou a atenção dos animistas e do Curupira. Finn se
aproximou do vampiro e falou com calma.
-Fala tudo que souber porque não temos controle sobre ele. – E
dizendo isso apontou para o Curupira. – E posso te assegurar que ele não vai
ter pena de você.
-Carl está procurando uma bruxa para fazer uma magia que vai
remover a ônix da menina. Tem que ser uma bruxa de uma linhagem especial e por
isso ainda não conseguiu encontrar. Enquanto isso ele mantém a sua garota num
lugar secreto e eu juro que não sabemos onde é.
Rico se virou para ele.
-E porque estavam aqui? O que esse lugar tem a ver com tudo isso?
-A bruxa que Carl busca tem contato direto com os espíritos que
moram aqui. Só ela consegue ouvi-las e saberá buscar a magia que ele procura.
Então nos mandou ficar aqui até ela aparecer. Tínhamos que levá-la para ele.
Elena e Caroline olharam horrorizadas uma para outra. Elas sabiam
quem o tal do Carl estava esperando. Tayler falou em voz alta o que todos já
tinham entendido.
-Ele está atrás da Bonnie.
Joshua adiantou-se e encarou Tayler.
-Conhece a bruxa que ele procura?
Tayler ergueu as sobrancelhas arrependido de ter aberto a boca.
Stephan balançou a cabeça em desaprovação e Damon desdenhou dele.
-Sua boca grande vai te custar a vida lobinho. Idiota.
Rico voltou sua atenção ao seu informante.
-Onde está Carl agora?
-Se prometer me poupar eu te levo lá.
-Se tentar me passar pra trás eu te acho e te mato sem pensar duas
vezes.
Dizendo isso, o mito retirou o galho que prendia o primeiro
vampiro. Andou até o outro e dobrou a cabeça avaliando a situação. Cheh tentou
argumentar.
-Deixa ele ir Rico. Já sabemos o que queremos.
-Pra ele chegar ao Carl antes de nós e avisá-lo de que estamos
aqui? Jamais.
Rico libertou o segundo vampiro que em uma velocidade luz correu
pra longe dele. O Curupira também era
muito veloz e logo o alcançou, pegou- o pelo pescoço ,jogou seu corpo no ar e o
atingiu com duas bolas de fogo que fizeram dele cinzas em questão de minutos.
Joshua virou os olhos contrariado e exclamou entre os dentes.
-Curupira teimoso.
Monday, December 10, 2012
Vampiros e Animistas
-Viu isso? – Caroline estava muito apreensiva. – Eles sabem que
somos vampiros e não se incomodam.
Stephan apenas balançou a cabeça e olhou para Damon que estreitou
o olhar parecendo buscar alguma coisa na memória. Tayler levantou a pergunta
que era uma incógnita para todos ali.
-O que ele quis dizer com “escrúpulos animistas”?
Ninguém sabia dizer, mas Damon olhou para eles com ar superior e
convencido. Riu, um riso soberano, e falou.
-São animistas. Claro.
-O que é isso? – A voz de Stephan era de incredulidade, não apenas
pelo termo desconhecido, mas pelo irmão ter informações sobre o assunto.
-São caçadores de mitos naturais.
Caroline questionou um pouco cética sobre a informação de Damon.
-Como sabe disso?
-Porque encontrei com alguns uns cinquenta anos atrás no Canadá
loirinha.
Damon curvou seu corpo sobre a mesa e continuou.
-Eles são apadrinhados por animais quando nascem e sustentam duas
naturezas em seus corpos humanos. Só caçam mitos de estirpe, que quer dizer
linhagem, se vocês não sabem. Por isso não podem nos caçar, não nascemos
vampiros, somos transformados e isso os impede de reagir à nós.
-Mas o ruivo cabeludo tem outros poderes.
Damon olhou para Tayler e virou os olhos impaciente.
-Porque o homem –cometa não é um deles. Não ouviu a conversa
hibrido?
Stephan interrompeu a explicação de Damon.
-O rapaz chamado Rico está atrás de alguém chamada Clara. Ele não
tem interesse em nós e tampouco os amigos animistas. Então não precisamos nos
preocupar.
Damon olhou para ele indignado.
-Não precisamos nos preocupar? Ele atira bolinhas peludas de fogo
que vai te queimar em trinta segundos se você cruzar o caminho dele e acha que
isso é motivo pra ficar tranquilo? Francamente Stephan, eu não sei mais o que
fazer com seu jeitinho meigo de lidar com as coisas irmão.
-Damon, ele incendiou o vampiro porque foi atacado por ele.
-Fique exatamente onde está se quiser, mas eu vou atrás saber o
que é essa coisa e porque estão aqui. Nunca é demais ter uma carta na manga.
Elena olhou para os demais. Achava que Damon podia estar certo.
Tentou argumentar.
-Podemos ficar de olho porque não sabemos o que está acontecendo
de fato. E se tentássemos descobrir onde está a tal da Clara?
-O que está pensando Elena?
Stephan estava surpreso que
Helena pudesse concordar com Damon, ele achou que ela enxergou uma situação
além do que eles tinham visto até agora.
- Não sabemos o que mais esse tal de Rico pode fazer além de usar
seu poder de fogo e já pensou que se Klaus souber que temos na cidade um
incendiador natural de vampiros, ele pode ter uma arma na mão contra todos nós?
Todo mundo olhou para Caroline, a menina se sentiu julgada. Tayler
se mexeu incomodado.
-Eu...eu não vou falar nada.
Damon atentou para o que Elena tinha dito.
-Tem razão. Quem nos garante que não foi Klaus que pegou a menina
que eles procuram? Talvez ele já esteja manipulando toda a situação.
-Claro que não. Tenho certeza que ele não tem idéia que essa
criatura está aqui em Mystic Falls.
-Como sabe que não Caroline? Acha mesmo que ele te deixa saber de
tudo?
Tayler jogou as palavras na cara da ex-namorada e o clima ficou
pesado.
Damon se levantou.
-Onde vai?
-Vou procurar fatos irmãozinho. Temos que saber o porquê os
animistas estão aqui, quem é o homem-de-fogo, quem é a garota que eles
procuram, de onde vem e para onde vão.
Damon sorriu e saiu.
Friday, December 7, 2012
A história de amor do Curupira
Leia a história de amor do Curupira e veja como ele deixou de ser um duente protetor da mata para ser Rico, um lindo e perfeito sedutor lendário que se apaixona por Clara, sua inimiga natural.
http://www.4shared.com/office/DDZsfiDt/A_Lenda_do_Curupira.html
http://www.4shared.com/office/DDZsfiDt/A_Lenda_do_Curupira.html
Monday, December 3, 2012
Damon,Stephan e a chegada do Curupira- Cap.I
Um rastro de luz ziguezagueou velozmente pelas árvores e parou bem
no meio da floresta como um raio que cai em tempestade. Damon e Stephan
ocultados pelo breu das árvores olharam um para o outro e permaneceram parados
observando.
Os olhos dos irmãos Salvatore abriram-se em espanto quando viu a
imagem do rapaz aparecer entre as chamas. Ele olhou a sua volta e uma estranha
luz platinada acendeu do seu olhar. O homem estava sem camisa e tinha uma
cabeleira longa e vermelha que esvoaçava com o vento.
O estranho dobrou a cabeça para o lado e olhou para eles . Os três
se encararam na escuridão. Sem se
incomodar com a presença deles o rapaz retirou do cós da calça uma camiseta que
vestiu rapidamente e prendeu os cabelos em um rabo de cavalo baixo. Com as duas
mãos dentro do bolso da calça e parecendo não se incomodar com a baixa
temperatura do local ele começou a andar em direção à cidade.
-O que foi isso?
Damon perguntou ao irmão e tinha um ar pasmado no rosto.
-Não sei, mas nunca vi nada igual.
A voz do Stephan era calma, mas preocupada.
-De onde ele veio? E ele tem uma lanterna no lugar dos olhos?
-Não sei Damon, mas temos que descobrir o que veio fazer aqui.
Os irmãos seguiram o rastro deixado pelo fogo mas logo que
deixaram os arredores da floresta e adentraram a cidade perderam os passos do
rapaz. Ambos ficaram atentos as conversas alheias para detectar alguma que
denunciasse a presença dele em algum lugar, mas não encontraram nada.
Rico aspirou o ar e olhou a sua volta. Os olhos platinados
acenderam-se na direção dos vampiros. Ele deu pouca importância. Tirou a camiseta
que carregava no cós da calça e vestiu. Prendeu a cabeleira vermelha num rabo
de cavalo baixo e saiu dali. Tinha pressa em rastrear a cidade.
Conforme foi andando foi sentindo o cheiro dos vampiros por todos
os cantos. E seu pensamento era de que
seria uma merda trabalhar com os animistas em uma área infestada de vampiros.
Seria muito difícil para eles se manterem refreados com uma multidão de
sugadores de sangue circulando entre eles.
O Curupira pensou que era uma boa não ter vampiros em cada esquina
do Brasil. Eles eram um tremendo pé no saco. Fortes, metidos a valentões e
difíceis de matar. Não tinha simpatia por eles e ficava feliz de ter cruzado
com muito poucos no decorrer dos seus vinte e um anos.
Olhou para a pequena Mystic Falls e sentiu o sangue ferver. Sua
menina estava aqui em algum lugar e ele ia encontrá-la. Mataria os desgraçados
que a mantinha presa. O mito olhou ao seu redor, era madrugada e a população
dormia.
Abaixou-se no gramado da praça principal e materializou suas
pequenas esferas de fogo. Ordenou por pensamento que elas se espalhassem pelos
arredores e procurassem por Clara.
As bolinhas flamejantes rolaram no ar a uma velocidade luz e ele
se encostou no tronco de uma árvore para esperar por respostas. Bem no final da
rua um casal vinha andando abraçados. Eles riam e pareciam absortos em seu
mundo. Rico olhou para o outro extremo e soltou o ar pelas narinas num bufar de
riso.
Mais rápido do que os olhos humanos podiam acompanhar um vampiro
sedento atacou os namorados. Quebrou o pescoço do moço e sugou da garota todo o
sangue que jorrava de suas veias.
Ele ainda viu a satisfação do sugador quando ergueu a cabeça, as
presas a mostra e a boca toda vermelha.
Malditos bebedores de sangue, estavam por toda a parte. A cabeça do vampiro
se virou para olhar o Curupira e na fração de meio segundo estava a menos de
meio metro dele.
Rico não moveu um músculo do corpo, era impassível a esse tipo de
ataque. Os vampiros fugiam do calor que emanava do seu corpo, mas devido ao ar
gélido o que estava a sua frente conseguiu se aproximar mais do que conseguiria
se estivesse no calor infernal do Brasil.
Suas pupilas se acenderam em advertência e sua cabeça pendeu para
o lado observando a criatura a sua frente.
Os olhos vermelhos encaravam o rosto dele e pequenas veias apareciam e
sumiam do seu rosto enquanto ele emitia um som parecido com o silvo de uma
cobra. Os dentes manchados de sangue estavam em evidência.
O Curupira achou que esse vampiro devia ser novato , pois do
contrário não estaria ali pensando em atacá-lo.
Rico viu as primeiras esferas se acenderem e se adiantou para tocá-las
ansioso por informações.
Quando deu o primeiro passo foi surpreendido pelo vampiro que
saltou em seu pescoço. Tão rápido quanto ele pulou, o Curupira o atirou longe .
A raiva que sentiu do sugador alterou seu estado de espírito e ele sentiu seu
corpo se aquecer consumindo sua camiseta.
O maldito ainda voltou sobre ele derrubando-o com a força do
impacto. As mãos que tocaram seu peito nu queimaram e o vampiro saltou pra trás
gritando e olhando para a palma que fumegava.
Rico passou as mãos pelos longos cabelos trazendo seu rabo de
cavalo para frente e então atirou duas bolas de fogo sobre o vampiro que foi
torrado pelas labaredas.
-Maldito.
O Curupira se abaixou e tomou uma das esferas na mão. Constatou sem surpresas que não havia sinais
de Clara por ali. Olhou para o peito desnudo e se deu conta que não tinha outra
camiseta pra usar. Olhou o rapaz com o pescoço quebrado e caminhou até ele.
Tirou a camiseta dele e a vestiu sem rodeios.
Ele rodou alguns lugares óbvios e achou que não eram tão óbvios
assim já que o cabeludo não estava em nenhum deles. Então pensou que já que
estava na rua poderia buscar uma refeição fresca e quente para fechar a noite.
Ouviu o som dos namorados ao longe e virou um rastro atrás deles
mas deparou-se com a cena de um outro vampiro chupando tudo que o pescoço da
menina podia oferecer.
Balançou a cabeça indignado e virou os olhos trezentos e sessenta
graus e quando já ia mostrar ao imbecil que não podia deixar os corpos jogados
no meio da rua porque colocaria a todos eles em evidência com o conselho da
cidade, viu o novo vampirinho avançar sobre alguém encostado em uma árvore na
praça central.
Damon mal podia se conter quando viu quem estava observando a cena
sem uma única alteração em sua expressão, mas foi tudo tão rápido que nem deu
tempo dele participar da brincadeira.
-Mas como ele fez isso? É um bruxo talvez?
-Não Stephan, não é um bruxo, é um monstrinho mau do espaço. –
Damon estreitou os olhos pensando. – Não me importa o que ele é, mas o que ele
faz. E o que eu vi foi ele incendiando um vampiro. Temos que matá-lo.
-Damon, precisamos primeiro saber quem é ou o que é para depois
podermos lidar com ele. Do contrário podemos terminar como o nosso colega dessa
noite.
-Faça como quiser irmãozinho, mas eu não vou ficar aqui esperando
que um cabeludo atire bolinhas de fogo em cima de mim.
-O que fez com os corpos?
-Amarrei em uma pedra e joguei no rio.
-E para onde foi a criatura?
-Voltou pra floresta, mas não antes de roubar a camiseta do
pescoço quebrado, o que quer dizer que ele vai andar amanhã por aqui como se
fosse uma pessoa comum.
-Vamos dar uma volta na cidade e avisar os outros sobre ele.
-Não diga nada ainda, apenas peça para eles estarem no Grill na
hora do almoço.
Stephan pegou o celular e mandou um SMS para Helena, Caroline e
Tayler.
Rico rastreou toda a floresta atrás de alguma coisa que pudesse
levá-lo até Clara. Ordenou ás esferas que continuassem a procurar. Voltou pra
cidade, os animistas deviam chegar a qualquer hora e então eles estariam
prontos pra agir.
À luz do dia a cidade era agradável, estava cheia de gente e Rico
não passava despercebido.
Muito alto e forte ele não era uma presença a ser ignorada. Os
cabelos ruivos e quase dois palmos abaixo do ombro chamavam muita atenção. A
pele alva e aveludada fazia uma combinação perfeita com os olhos verde-esmeralda,
e isso tudo em uma cidade pequena onde todo mundo conhecia todo mundo e ele era
o estranho da vez, era ainda mais atrativo.
Ele parou no meio da rua e olhou a sua volta, viu o nome Mystic
Grill, tomaria alguma coisa enquanto esperava pelos garotos. Quando entrou
dentro do restaurante sentiu que todos os olhos se voltavam para olhá-lo.
Sentou-se no balcão e pediu uma dose de qualquer coisa forte.
Curvado sobre seus cotovelos ele se lembrou da namorada. Sua
expressão se suavizou com a imagem do rosto lindo e perfeito dela. Sentiu como
se suas entranhas estivessem sendo puxadas por cabos de aço quando pensava se
ela estava bem. Há três dias ela havia desaparecido e a única coisa que
conseguiu foi alcançar seus pensamentos onde ela disse que alguém a tinha
trazido para essa cidade de nome estranho.
Ele chegou primeiro porque viajava por entre as matas e os campos
abertos. Os animistas tinham que se locomover de avião e isso atrasava tudo. O
Curupira olhou o relógio na parede e viu que restava apenas meia hora para a
chegada prevista pelo lince.
Virou a bebida de uma só vez na boca e ouviu um grupo de pessoas
entrarem todas de uma vez. Olhou por sobre os ombros e viu duas meninas e um
garoto bem próximo dele.
-Stephan disse para esperarmos ele aqui.
-Ele me enviou um SMS hoje bem cedo também.
Uma loira alta e bem vestida conversava com uma outra, morena de
cabelos lisinhos e bem compridos que o fez se lembrar novamente de Clara, o
rapaz parecia impaciente e não disse nada.
-Tayler, vai comer alguma coisa?
-Não. Onde está o Stephan afinal?
-Está bem ali.
Rico não se virou pra ver quem era o tal por quem elas esperavam.
Não lhe interessava porque apenas uma pessoa podia estar no topo da sua lista
de interesses e ela estava refém de algum imbecil em alguma parte dessa cidade.
-O que está acontecendo Stephan? – A voz de Helena demonstrava sua
preocupação.
-Temos uma criatura não identificada na cidade.
-O quê quer dizer com “não identificada”?
Damon explicou em poucas palavras o que ele e o irmão tinham
presenciado na floresta e o que tinha acontecido na madrugada.
-Atirou bolas de fogo sobre o vampiro?
-Sim, tão rápido quanto você pode pensar, se bem que você não pode
pensar tão rápido assim né Caroline?
Caroline quis responder, mas Helena voltou à atenção ao assunto
discutido.
-Quem era o vampiro que foi queimado?
-Um idiota que alguém criou e não educou, mas o ponto em questão é:
Ele queima vampiros num piscar de olhos, por isso temos que encontrá-lo e
matá-lo.
Tayler falou pela primeira vez desde que estavam ali.
-E como pensa em matá-lo se ele é tão rápido em incendiar o corpo
de alguém?
Antes que obtivesse uma resposta, três garotos entraram juntos
dentro do salão do Grill e os vampiros olharam pra eles esperando encontrar o
cabeludo atirador de fogo, mas todos tinham os cabelos curtos e bem aparados.
Os vampiros seguiram com os olhos os três meninos que se dirigiram
direto para o balcão e foi então que Damon reconheceu o rapaz sentado lá.
-Somos um bando de idiotas cegos.
-O que está dizendo Damon?
Helena questionou o vampiro um pouco irritada.
-Quem procuramos está bem ali.
Tayler falou observando o estranho.
-O rapaz ruivo sentando no balcão?
-O próprio.
Todos os ouvidos potentes dos vampiros estavam voltados para a
conversa dos três estrangeiros que se acomodaram ao lado do atirador de fogo.
-Tem notícias dela?
O lince canadense como sempre era o mais ávido por informações,
assim como ele. Era o melhor amigo da Clara e fazia jus ao título. Preocupado e
desesperado para encontrá-la tanto quanto o próprio namorado. Cheh, o
menino-falcão e Finn, o garoto-crocodilo, era amigos fiéis e devotos do lince e
da Clara.
-Não. Os angras varreram a área e nada. Mas está aqui e não volto
sem ela.
Os meninos acenaram em concordância.
-Você está bebendo a essa hora?
Rico não respondeu, antes precisava alertar os garotos sobre a
predominância da cidade.
-Essa cidade está enfestada de vampiros. Precisam refrear o
instinto para não causar problemas. Não podemos chamar mais a atenção do que já
vamos chamar por sermos estrangeiros.
Foi Cheh quem esclareceu as coisas com ele.
-Percebemos isso já. Mas fica tranquilo porque não caçamos
vampiros.
O Curupira olhou para o falcão curioso.
-Não reagem contra eles?
-Não.
-Porque não?
-Porque os vampiros não são lendas naturais, estão ai por toda
parte e não constituem estirpes, por isso os caçadores de vampiros são
diferentes e não se encaixam na nossa natureza.
-Menos mau.
Rico saltou da cadeira depositou umas notas em cima do balcão e
falou para os meninos.
-Temos muito o que fazer.
Joshua não se conteve.
-Como arrumou dólares de ontem pra hoje?
-Peguei emprestado.
-Rico, você não pode agir de maneira correta apenas uma vez na
vida?
O Curupira já estava de costas caminhando para sair, mas se voltou
e eles estavam bem ao lado da mesa dos vampiros quando ele retrucou para o
amigo da namorada.
-Não me venha com escrúpulos animistas lince. Vamos deixar as
coisas bem claras entre nós. Estamos aqui pela Clara, e pouco me importa quem
vai morrer ou quem vai se ferir nessa brincadeira, eu vou resgatá-la custe o
que custar e não quero ninguém me limitando com questões de honra imbecis.
Joshua, o lince, enfrentou o Curupira e sem se alterar foi firme
ao se colocar.
-Não matamos cem por cento humanos Rico e você sabe disso. Vamos
lutar com você mas tem uma promessa a cumprir e eu não vou deixar que se
esqueça dela nenhum minuto do seu maldito dia.
-Podemos fazer isso sem que vocês dois matem um ao outro?
Finn interrompeu a tensão entre os rapazes e os dois animistas
juntos fizeram com que Rico tivesse que dar dois passos pra trás pra encontrar
um limite de tolerância seguro entre eles.
Os vampiros ouviam e assistiam a tudo paralisados. Finn olhou para
eles sabendo exatamente o que eram, Cheh, Joshua e Rico também desviaram seus
olhos para os cinco que os encaravam. Nenhuma palavra foi dita.
O Curupira deu meia volta e saiu e foi seguido pelos animistas.
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